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quinta-feira, 10 de maio de 2012

O exagero de Cazuza e a formação de um ídolo

    A instabilidade econômica assombrava o Brasil no ano de 1990, a política do presidente Fernando Collor de Mello no qual congelava os preços e fiscalizava as poupanças bancárias resultando no desconforto da população deixando os jóvens teimerosos. Foi nesse ano em um inverno bem rigoroso no mês de julho que o cantor e compositor Cazuza falece,deixando uma carreira polemica e muito intensa, recheada de exageros e de muita poesia.
    O poeta como a propria poesia,Agenor de Miranda Araújo Neto,apelidado desde de sua infância como Cazuza,viveu intensamente cada momento de sua vida, assumiu sua homosexualidade já na adolescencia,fez canções inesquecíveis como ´´O tempo não para'' e ´´Brasil'',gravou varios discos,apresentou grandes shows,recebeu grandes premiações, enfrentou com coragem o virus do HIV e foi consagrado como um dos maiores compositores da música brasileira.Acompanhe essa história vibrante, polêmica e muito contagiante de um verdadeiro mestre do Rock brasileiro.
    Influenciado pelo samba de Noel Rosa e Cartola e pela melancolia dos versos de Dolores Duran,Angela Maria e Maysa, o pequeno Cazuza,filho de João Araújo,um produtor fonógrafico e de Lucinha Araújo, começa desde da infancia a ter um contato explícito com a música. Sempre admirado pelo rock e principalmente pela nada convencional do rock ,Rita Lee, ele cada vez mais viajava pelo mundo da ousadia e dos versos com muita inquietude e insensatez.Em toda sua infancia,Cazuza, teve contato com vários ícones da música brasileira, pelo fato de de seu pai ser produtor de grandes talentos, nesse cenário  destacavam.Caetano Veloso,Elis Regina,Tom Jobim,Nara Leão,Os Baianos e entre outros

  








    Cazuza foi aprovado em Comunicação em 1976, mas desistiu do curso . Mais tarde se deliciava na sua vida boêmica no Baixo Leblon . Assim, João Araújo criou um emprego para ele na gravadora Som Livre da qual ainda é presidente. Na Som Livre, Cazuza trabalhou no departamento artístico, onde fez triagem de fitas de novos cantores. Logo depois trabalhou na assessoria de imprensa, onde escreveu releases para divulgar os artistas.




                                                                                                                                                                   Barão Vermelho, que até então era formado  por Roberto  Frejat (guitarra), Dé Palmeira (baixo), Maurício Barros (teclados) e Gutto Goffi(bateria), gostou muito do vocal berrado de Cazuza. Em seguida, Cazuza mostra à banda letras que havia escrito e passa a compor com Roberto Frejat, formando uma das duplas mais festejadas do rock brasileiro. Dali para frente, a banda que antes só tocava covers passa a criar um repertório próprio.
Após ouvir uma fita demo da banda, o produtor Ezequiel Neves convence o diretor artístico da Som Livre, Guto Graça Mello, a gravar a banda. Juntos convencem o relutante João Araújo a apostar no Barão.







O Barão Vermelho para muitos era um banda perfeita,músicas muito bem planejadas,presença de palco,integração harmoniosa entre os integrantes, tudo parecia perfeito para o sucesso estrondoso de sua música.Foi no ano de 1985,a novidade e o espanto,Cazuza sairia da Banda e assumiria sua carreira solo, começa a partir dai a construção do mito do rock brasileiro.







Foi a partir do ano de 1985 que Cazuza começou sua luta pela vida,tendo como vizinho a morte e tendo como única inspiração a música,ele lutou com muita força e poesia.Nesse ano foi  lançado o primeiro álbum solo, "Exagerado", a faixa-título composta em parceria com Leoni se torna um dos maiores sucessos e marca registrada do cantor. Também destaca a obra-prima "Codinome Beija-Flor". A canção "Só As Mães São Felizes" é vetada pela censura.

Primeiro albúm solo


Segundo albúm solo


O album Burguesia (1989) foi gravado com o cantor numa cadeira de rodas e com a voz nitidamente enfraquecida. É um álbum duplo de conceito dual, sendo o primeiro disco com canções de rock brasileiro e o segundo com canções de MPB. Burguesia é o último disco gravado por Cazuza e vendeu 250 mil cópias. Cazuza recebeu o Prêmio Sharp  póstumo de melhor canção com "Cobaias de Deus".

           


                     

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