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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Gal Costa: levada e batuque

    Diz os mais antigos que a Bahia é um estado que se resume em somente uma palavra, Musicalidade. É com essa palavra que nós apresentamos nosso homenagiada de hoje, a cantora e compositora brasileira, Gal Costa. Foi na capital baiana, Salvador, em que a virginiana começou a ter contato com a música e com a poesia, sua influencia sempre foi  por compositores da Bossa Nova como João Gilberto, Ronaldo Boscolli e Tom Jobim, porém sua maior admiração iniciada em 1963 foi com o cantor e compositor, Caetano Veloso.





A carreira artística de Gal Costa começa  em pleno cenário de ditadura militar, foi no ano de 1964, quando um golpe de estado colocaria os militares no poder na nação brasileira. Nesse ano de instabilidade que Gal se introduz na música através de parceria com Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethãnia e Tom Zé, na qual participam juntos do espetáculo Nós,uma atração em que haveria a inauguração do teatro vila velha,Salvador. Seguindo os passos de seus parceiros a Baiana do senhor do bongim decidiu se mudar para o Rio de Janeiro, onde seus colegas de música conseguiram sucesso rápido e inesperado.







 O primeiro LP foi lançado no ano de 1967, com a parceria do amigo, Caetano Veloso. Desse disco fez grande sucesso a canção "Coração vagabundo", de Caetano Veloso. Participou também do III Festival de Música Popular Brasileira,defendendo as canções Bom dia de autoria de Gilberto Gil e Nana Caymmi e Da dá Maria ( esta última em dueto com o Silvio César no Festival e com Renato Teixeira na gravação.

Primeiro Lp de Gal Costa


Album com seus grandes amigos de vida e de palco

Em 1968 , Gal Costa  gravou as  canções Mamãe Coragem (Caetano Veloso e Torquato Neto), Parque Industrial(Tom Zé) e Enquanto seu lobo não vem (Caetano Veloso), além de Baby (Caetano Veloso), o primeiro grande sucesso solo, que se tornou um clássico.Em novembro participa do IV Festival da Record  defendendo a canção Divino Maravilhoso (Caetano e Gil). Lançou o primeiro disco solo.

                                              O quarteto da MPB dos anos 60 e 70


O verão de 1970 corria animado, por traz de grandes músicas compostas por Gal Costa,Gilberto Gil, Caetano Veloso e Maria Bethânia, o presente estava assombrando toda a população, A Ditadura Militar estava totalmente instalada no Brasil e não se tinha previsão do rumo do país. É nesse cenário que Caetano Veloso e Gilberto Gil são exilados em outro país acusados de em suas letras fazerem protestos e acusaçoes contra o governo militar,Gal costa foi visitar os amigos em londres onde´o exilio se localizava. 


Caetano Veloso e Gilberto Gil exilados em Londres
 


Ditadura Militar 1970, seu máximo poder
           

   Como foi dito, o auge musical da cantora Gal Costa, foi em plena cenário caótico da Ditadura Militar Brasileira, em que o sentimento de liberdade movia os jóvens e principalmente os mensageiros da cultura daquele tempo. Alguns críticos de música, ainda falam que Gal, nunca foi tão envolvida com a questão socio-política em suas composiçôes, sua principal harmonia era o amor e os sentimentos verdadeiros. Grandes parcerias e muitos romances marcaram esse período instavel no brasil que se alongou ato final dos anos 80.
   Foi a partir dos anos 90 que a vida dessa cantora vibrante e apaixonada iria mudar radicalmente. No inico do ano de 1990,mudaria de nome,farias músicas inesquecíveis,receberia grandes premiações e se tornaria uma das maiores cantoras de estúdio e de palco que já passaram pela música popular brasiliera.





                      
    A carreira de Gal Costa passou por tudo, a força do militarismo ditatorial em treis décadas, a inflação acirrada, a formação do plano real, instabilidade politica e estabilidade política, nisso tudo a música sobreviveu. Com tudo isso podemos dizer que a carreira de Gal Costa se deve a duas coisas, Levada e Batuque. 

         



  

quinta-feira, 10 de maio de 2012

O exagero de Cazuza e a formação de um ídolo

    A instabilidade econômica assombrava o Brasil no ano de 1990, a política do presidente Fernando Collor de Mello no qual congelava os preços e fiscalizava as poupanças bancárias resultando no desconforto da população deixando os jóvens teimerosos. Foi nesse ano em um inverno bem rigoroso no mês de julho que o cantor e compositor Cazuza falece,deixando uma carreira polemica e muito intensa, recheada de exageros e de muita poesia.
    O poeta como a propria poesia,Agenor de Miranda Araújo Neto,apelidado desde de sua infância como Cazuza,viveu intensamente cada momento de sua vida, assumiu sua homosexualidade já na adolescencia,fez canções inesquecíveis como ´´O tempo não para'' e ´´Brasil'',gravou varios discos,apresentou grandes shows,recebeu grandes premiações, enfrentou com coragem o virus do HIV e foi consagrado como um dos maiores compositores da música brasileira.Acompanhe essa história vibrante, polêmica e muito contagiante de um verdadeiro mestre do Rock brasileiro.
    Influenciado pelo samba de Noel Rosa e Cartola e pela melancolia dos versos de Dolores Duran,Angela Maria e Maysa, o pequeno Cazuza,filho de João Araújo,um produtor fonógrafico e de Lucinha Araújo, começa desde da infancia a ter um contato explícito com a música. Sempre admirado pelo rock e principalmente pela nada convencional do rock ,Rita Lee, ele cada vez mais viajava pelo mundo da ousadia e dos versos com muita inquietude e insensatez.Em toda sua infancia,Cazuza, teve contato com vários ícones da música brasileira, pelo fato de de seu pai ser produtor de grandes talentos, nesse cenário  destacavam.Caetano Veloso,Elis Regina,Tom Jobim,Nara Leão,Os Baianos e entre outros

  








    Cazuza foi aprovado em Comunicação em 1976, mas desistiu do curso . Mais tarde se deliciava na sua vida boêmica no Baixo Leblon . Assim, João Araújo criou um emprego para ele na gravadora Som Livre da qual ainda é presidente. Na Som Livre, Cazuza trabalhou no departamento artístico, onde fez triagem de fitas de novos cantores. Logo depois trabalhou na assessoria de imprensa, onde escreveu releases para divulgar os artistas.




                                                                                                                                                                   Barão Vermelho, que até então era formado  por Roberto  Frejat (guitarra), Dé Palmeira (baixo), Maurício Barros (teclados) e Gutto Goffi(bateria), gostou muito do vocal berrado de Cazuza. Em seguida, Cazuza mostra à banda letras que havia escrito e passa a compor com Roberto Frejat, formando uma das duplas mais festejadas do rock brasileiro. Dali para frente, a banda que antes só tocava covers passa a criar um repertório próprio.
Após ouvir uma fita demo da banda, o produtor Ezequiel Neves convence o diretor artístico da Som Livre, Guto Graça Mello, a gravar a banda. Juntos convencem o relutante João Araújo a apostar no Barão.







O Barão Vermelho para muitos era um banda perfeita,músicas muito bem planejadas,presença de palco,integração harmoniosa entre os integrantes, tudo parecia perfeito para o sucesso estrondoso de sua música.Foi no ano de 1985,a novidade e o espanto,Cazuza sairia da Banda e assumiria sua carreira solo, começa a partir dai a construção do mito do rock brasileiro.







Foi a partir do ano de 1985 que Cazuza começou sua luta pela vida,tendo como vizinho a morte e tendo como única inspiração a música,ele lutou com muita força e poesia.Nesse ano foi  lançado o primeiro álbum solo, "Exagerado", a faixa-título composta em parceria com Leoni se torna um dos maiores sucessos e marca registrada do cantor. Também destaca a obra-prima "Codinome Beija-Flor". A canção "Só As Mães São Felizes" é vetada pela censura.

Primeiro albúm solo


Segundo albúm solo


O album Burguesia (1989) foi gravado com o cantor numa cadeira de rodas e com a voz nitidamente enfraquecida. É um álbum duplo de conceito dual, sendo o primeiro disco com canções de rock brasileiro e o segundo com canções de MPB. Burguesia é o último disco gravado por Cazuza e vendeu 250 mil cópias. Cazuza recebeu o Prêmio Sharp  póstumo de melhor canção com "Cobaias de Deus".

           


                     

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Raul Seixas: o maluco beleza

   ´´Nunca é tarde demais pra começar tudo de novo'',esses são alguns dos dizeres de um dos principais pioneiros do Rock brasileiro, Raul Seixas. Em seus quarenta e quatro anos de idade, vinte seis anos de carreira e vinte um discos lançados, o poeta nada convencional do rock nacional viveu tão intensamente que um dia seu coração não aguentou,considerado um dos maiores astros da música brasileira, de belas canções como Maluco Beleza, na qual o consagrou como um verdadeiro poeta.
    Foi pelas ruas da capital baiana,Salvador, que o pequeno rauzito começou sua poesia,filho de um engenheiro e de uma dona de casa,estudou em colégio de padre, formou o grupo musical Panteras, na qual consiguiu se destacar com um grande músico.Mas só presença de palco e ousadia não levariam ao sucesso de Raul Seixas, foram anos de batalhas para consguir se fixar como cantor e compositor do Rock brasileiro.
   Há mais de vinte anos de sua morte, Raul Seixas ainda continua sendo idolatrado por uma legião de fãs.